segunda-feira, 7 de março de 2011
Popularidade do Brasil cresce no mundo, segundo a BBC
A popularidade do Brasil cresceu no mundo no último ano, segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela BBC, mas a Alemanha continua sendo o país que exerce influência mais positiva.
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Um total de 49% dos entrevistados afirmaram que o Brasil exerce uma influência positiva no mundo, contra apenas 40% em 2010. O resultado representa o maior avanço entre os 16 países sobre os quais se pediu opinião.
"O salto nas opiniões positivas do Brasil acontece após o êxito da transição democrática do presidente (Luiz Inácio) Lula da Silva para Dilma Rousseff, a primeira mulher a chegar à presidência", comentou Doug Miller, presidente da empresa GlobeScan, que fez a pesquisa para o Serviço Mundial da BBC.
A África do Sul, outra potência emergente e que recebeu a Copa do Mundo em 2010, registrou o segundo maior avanço.
A percepção sobre o Brasil é majoritariamente positiva nos 27 países pesquisados, com exceção de dois: Alemanha, onde 32% consideram a influência do país negativa e 31% positiva, e a China.
No caso da China, 45% têm visão positiva do Brasil, contra 41% que têm opinião negativa, um claro retrocesso na comparação com os 55% e 16%, respectivamente, registrados em 2010.
A popularidade do Brasil é maior nas Américas e no sul da Europa.
Os maiores 'fãs' do país estão em Portugal, onde 76% dos entrevistados acreditam que a antiga colônia exerce uma influência positiva no mundo, seguido pelo Chile, com 70%, apesar de neste último o resultado registrar uma queda de sete pontos na comparação com 2010.
As opiniões sobre o Brasil também são muito positivas no México (65%), Peru (63%) e Estados Unidos (60%).
O país mais popular do mundo, segundo a pesquisa, é a Alemanha (62%), seguida pela primeira vez pela Grã-Bretanha (58%) e pelo Canadá (57%).
A pesquisa mostra uma clara melhora das imagens da França (sexto, com 52% de opiniões positivas e 19% negativas) e Estados Unidos (oitavo, com 49% e 31%, respectivamente), países que conseguiram os melhores resultados desde a primeira edição da pesquisa, em 2005.
Irã (59% de opiniões negativas contra apenas 16% de positivas), Coreia do Norte e Paquistão são os países com pior avaliação na pesquisa, que ouviu 29.000 pessoas em 27 países, pessoalmente ou por telefone, entre 2 de
dezembro de 2010 e 4 de fevereiro de 2011
Foto: AFP: A popularidade do Brasil cresceu no mundo no último ano, segundo uma pesquisa divulgada
Águia é flagrada fazendo manobra radical em pleno voo
Cena ocorreu em Prince Rupert, no Canadá.
Uma águia foi fotografada fazendo uma manobra inusitada em Prince Rupert, no Canadá. A ave foi flagrada voando de costas, segundo o jornal inglês "Daily Telegraph".
domingo, 6 de março de 2011
Ressaca faz bem à saúde
Ela não é uma doença, mas derruba a pessoa por horas, às vezes um dia inteiro. Ainda assim, quem gosta de beber deveria saber apreciar este momento, porque ele oferece uma oportunidade de recomeço por por Inigo Thomas
A cabeça dói, qualquer barulho irrita, a sede é intensa, não dá vontade de comer. Difícil pensar numa pessoa adulta que nunca tenha tido ressaca uma vez na vida. O mal-estar generalizado que o excesso de bebida causa depois de uma noite de sono (geralmente ruim) não é exatamente resultado de uma doença, mas se parece bastante com isso. Para quem consome bebida alcoólica e exagera de vez em quando, ela é aquele momento em que se promete nunca mais repetir o erro — uma promessa tão sincera quanto as que fazemos nas viradas de ano. O que pouca gente se lembra é que a ressaca tem suas vantagens.
Em primeiro lugar, ela indica que a dose foi exagerada. Se não ficássemos mal, lidaríamos com o álcool como uma pessoa incapaz de sentir dor: sem nenhuma forma de saber quando passamos do ponto. Além disso, o momento de desconforto nos proporciona, de forma bastante concreta, uma lição que todos sabemos, mas insistimos em não nos lembrar. Toda fonte de satisfação, como o álcool (isso para quem gosta de consumi-lo, claro), traz consequências se perdermos a noção dos limites que nosso corpo é capaz de suportar.
Mas existe uma outra utilidade na ressaca. Muitas vezes ela é boa — isso mesmo. E, com mais frequência do que parece à primeira vista, as pessoas podem beber buscando exatamente o mal-estar do dia seguinte. Deve ser por isso que os escoceses dizem que sua verdadeira bebida típica não é o uísque, mas sim o Irn Bru, o remédio mais popular para curar ressaca no país. O motivo para procurarmos o mal-estar, de forma até proposital, é fácil de explicar. Em momentos de grande perda, seja a morte de uma pessoa querida, o fim de um relacionamento ou uma demissão, buscamos, de alguma forma, transformar o mal-estar psicológico em físico. Assim, conseguimos experimentá-lo em toda a sua intensidade. Ir ao fundo do poço. Quando a ressaca se vai, é como se ela levasse consigo ao menos parte daquele grande desconforto emocional que experimentamos junto com a dor de cabeça e o enjoo. Nem sempre funciona, mas é uma tentativa válida. Mais do que isso, é uma forma simbólica de buscar uma espécie de ressurreição curta.
>> Que bebida causa a pior ressaca?
Veja bem, não estou defendendo o alcoolismo, uma doença grave, que destrói famílias e mata de várias formas — em especial quando a pessoa comete a irresponsabilidade de dirigir. Tampouco acho que beber soluciona o problema ou a tragédia que trouxe grande infelicidade. Estou apenas apresentando uma hipótese para os motivos de tanta gente beber tanto, desde que o ser humano existe, mesmo sabendo o que o futuro próximo vai trazer como consequência (os americanos não fazem questão de lembrar, mas, ao longo do século 19, as decisões mais cruciais dos rumos do país foram tomadas por grupos de políticos bêbados. Ou de ressaca). O importante é: se você gosta de bebida e exagera de vez em quando, tente enxergar o dia seguinte sob uma nova perspectiva. Ele traz uma grande oportunidade de recuperação e, quem sabe, de um pequeno recomeço. Para isso, é preciso não se limitar ao remorso de ter bebido. É preciso aproveitar a sensação de lutar para se sentir melhor e ser bem-sucedido.
A cabeça dói, qualquer barulho irrita, a sede é intensa, não dá vontade de comer. Difícil pensar numa pessoa adulta que nunca tenha tido ressaca uma vez na vida. O mal-estar generalizado que o excesso de bebida causa depois de uma noite de sono (geralmente ruim) não é exatamente resultado de uma doença, mas se parece bastante com isso. Para quem consome bebida alcoólica e exagera de vez em quando, ela é aquele momento em que se promete nunca mais repetir o erro — uma promessa tão sincera quanto as que fazemos nas viradas de ano. O que pouca gente se lembra é que a ressaca tem suas vantagens.
Em primeiro lugar, ela indica que a dose foi exagerada. Se não ficássemos mal, lidaríamos com o álcool como uma pessoa incapaz de sentir dor: sem nenhuma forma de saber quando passamos do ponto. Além disso, o momento de desconforto nos proporciona, de forma bastante concreta, uma lição que todos sabemos, mas insistimos em não nos lembrar. Toda fonte de satisfação, como o álcool (isso para quem gosta de consumi-lo, claro), traz consequências se perdermos a noção dos limites que nosso corpo é capaz de suportar.
Mas existe uma outra utilidade na ressaca. Muitas vezes ela é boa — isso mesmo. E, com mais frequência do que parece à primeira vista, as pessoas podem beber buscando exatamente o mal-estar do dia seguinte. Deve ser por isso que os escoceses dizem que sua verdadeira bebida típica não é o uísque, mas sim o Irn Bru, o remédio mais popular para curar ressaca no país. O motivo para procurarmos o mal-estar, de forma até proposital, é fácil de explicar. Em momentos de grande perda, seja a morte de uma pessoa querida, o fim de um relacionamento ou uma demissão, buscamos, de alguma forma, transformar o mal-estar psicológico em físico. Assim, conseguimos experimentá-lo em toda a sua intensidade. Ir ao fundo do poço. Quando a ressaca se vai, é como se ela levasse consigo ao menos parte daquele grande desconforto emocional que experimentamos junto com a dor de cabeça e o enjoo. Nem sempre funciona, mas é uma tentativa válida. Mais do que isso, é uma forma simbólica de buscar uma espécie de ressurreição curta.
>> Que bebida causa a pior ressaca?
Veja bem, não estou defendendo o alcoolismo, uma doença grave, que destrói famílias e mata de várias formas — em especial quando a pessoa comete a irresponsabilidade de dirigir. Tampouco acho que beber soluciona o problema ou a tragédia que trouxe grande infelicidade. Estou apenas apresentando uma hipótese para os motivos de tanta gente beber tanto, desde que o ser humano existe, mesmo sabendo o que o futuro próximo vai trazer como consequência (os americanos não fazem questão de lembrar, mas, ao longo do século 19, as decisões mais cruciais dos rumos do país foram tomadas por grupos de políticos bêbados. Ou de ressaca). O importante é: se você gosta de bebida e exagera de vez em quando, tente enxergar o dia seguinte sob uma nova perspectiva. Ele traz uma grande oportunidade de recuperação e, quem sabe, de um pequeno recomeço. Para isso, é preciso não se limitar ao remorso de ter bebido. É preciso aproveitar a sensação de lutar para se sentir melhor e ser bem-sucedido.
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